Jornal de Cocal: 2005
Folheando uma apostila sobre Educação Especial nos deparamos com um neologismo interessante: handicapes. Recorremos a um dicionário de Língua Portuguesa e encontramos: “prova a que são admitidos cavalos de todas as classes, igualando-se as possibilidades de vitória pela diferença de peso” e “desvantagem”. Não satisfeitos, resolvemos verificar sua tradução num dicionário usado por estudantes brasileiros nas aulas de língua inglesa – nos parecia ser óbvio que essa palavra tinha essa origem – e encontramos: “deficiência física ou mental” e mais uma vez “desvantagem”. Para entender esse termo o dicionário de tradução foi mais útil que o de sinônimos.
Folheando uma apostila sobre Educação Especial nos deparamos com um neologismo interessante: handicapes. Recorremos a um dicionário de Língua Portuguesa e encontramos: “prova a que são admitidos cavalos de todas as classes, igualando-se as possibilidades de vitória pela diferença de peso” e “desvantagem”. Não satisfeitos, resolvemos verificar sua tradução num dicionário usado por estudantes brasileiros nas aulas de língua inglesa – nos parecia ser óbvio que essa palavra tinha essa origem – e encontramos: “deficiência física ou mental” e mais uma vez “desvantagem”. Para entender esse termo o dicionário de tradução foi mais útil que o de sinônimos.
Em virtude de tantas falhas humanas e tendo tanto por fazer em busca de uma vida mais digna, surgem grupos de pessoas que se identificam por terem em comum, problemas, objetivos e determinação para concretizar seus sonhos solidários. Uns lutam para salvar as florestas, outros pelos animais e há àqueles que se preocupam com os seres humanos marginalizados, doentes, drogados, portadores de necessidades especiais. No final das contas, todos ajudam a todos e em tudo!
Uma palavra que tem estado em voga nas revistas de educação, seminários e propagandas do governo, é inserção. Inserir... inserir... inserir e inserir. É tão fácil falar, mas tão complicado inserir! Pois essa ação representa mais do que colocar as crianças, ou mesmo os adultos, no lugar de devem estar e permanecer. É preciso dar condições para que sejam bem recebidas, principalmente, as portadoras de necessidades especiais, ou seja, aquelas com algum grau de deficiência física ou mental.
A mídia tem mostrado com freqüência propagandas que chegam a ser enganosas, mostrando que as escolas estão sendo preparadas para a receber alunos com necessidades especiais no ensino regular. A maioria dos educadores sabe dessas mudanças pela divulgação que se está fazendo e não porque foi preparada para enfrentar esses novos desafios. Há uma certeza entre os professores: “Não sei o que farei quando encontrar em uma sala de aula um aluno com uma dessas tantas deficiências que apresentam. Já acho difícil lidar com os normais. E, cadê o espaço físico adaptado?”.
Muitos pais têm dificuldade para enfrentar as limitações dos filhos e querem que a escola os coloque nas mesmas condições dos demais. Não é fácil lidar com as angústias que as famílias sentem diante de um quadro desconhecido que se pretende moldar, iluminar e exibir como algo rico e cheio de potencialidades. É importante vencer o preconceito, e para tanto, tem que haver mais investimentos em pesquisas científicas e trocas de experiências. Não dá pra acreditar que é possível ir longe, se nos limitamos a explicar o que significa handicapes.
O interessante é que hand significa mão. Nenhuma pesquisa, que almeja obter resultados práticos positivos, pode avançar qualitativamente se não contar com profissionais dispostos a se empenhar no trabalho e se não tiver a ajuda da família. Todos precisam dar uma mão no estudo e desvendamento das profundidades inerentes às handicapes!
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