Maracajá ou jaguatirica é um felídeo que vive em matas e banhados alimentando-se de aves e pequenos mamíferos. É também, o nome de um município onde há um ponto turístico interessante que proporcionou um sábado especial para os alunos das sextas séries do período vespertino da nossa escola: o Parque Ecológico de Maracajá. Os objetivos da professora de Ciências excederam as expectativas!
Todos prepararam um lanche para o almoço e quem tinha máquina fotográfica levou para registrar as belezas da natureza e o prazer de estar entre amigos num lugar diferente.
No ônibus da prefeitura, fizeram a festa, cantando, implicando com as pessoas que andavam pelas ruas ou mesmo, observando os prédios, o bananal da 4a Linha, as curvas da estrada, o trabalho nas obras da duplicação da 101.
Antes do desembarque, cantamos parabéns para o Leonardo que completava quinze anos. Certamente, os momentos que ele curtiu naquele dia tornaram seu aniversário inesquecível.
Quando estávamos chegando foi recolhido um real de cada aluno para pagar a entrada. Os monitores nos receberam, guardamos as mochilas no salão de festas e nos dividimos em dois grupos para fazer a trilha. O grupo se distraiu um pouco durante a apresentação das regras por causa de um macaquinho que derrubou um vaso.
Sentimos segurança ao andar na trilha suspensa a aproximadamente um metro e meio de altura. Percorremos 1100 metros ladeados por samambaias, coqueiros, taquaras grudentas, flores, cipós, etc.
Logo que entramos na mata vimos um tucano pousado sobre o corrimão da trilha. Imaginávamos que fosse um animal arrisco, mas descobrimos que ele aceita ser tocado e gosta de ficar por um longo tempo parado no mesmo lugar. Tivemos a oportunidade de ver de perto as penas coloridas, os olhos verdes, a rapidez com que as pupilas abrem e fecham controlando a entrada de luz, as pernas azuladas e o bico rachado. A Bruna não estava convencida de que o bichinho era inofensivo: ao passar por ele trancou a respiração e se desviou o mais que pôde. Parecia que o coitadinho era uma cobra cascavel pronta para dar o bote. O engraçado é que mais tarde o tucano voou em direção à cabeça dela dando-lhe o maior susto.
O guia nos mostrou algumas árvores interessantes que há no parque. Vimos uma linda árvore conhecida como mata-pau porque suas raízes se enrolam nas outras plantas e com o tempo as sufocam. Um menino lembrou de algo que aprendeu em sala de aula: o cedro é uma das madeiras de lei mais caras. Conhecemos o bugre, com a qual se pode fazer um chá diurético e muita gente diz que serve para emagrecer, porém, uma monitora disse que tomou e não fez efeito algum. No banhado havia milhares da menor angiosperma – grupo de plantas floríferas providas de sementes encerradas no pericarpo - do mundo. Talvez não seja realmente a menor, mas comprovamos que é uma planta pequeníssima.
Havia alguns troncos no meio do caminho que foram colocados pelas mãos do “furacão Catarina”. Inteligentemente, aproveitaram um deles para nos dar uma lição. Escreveram em uma placa: “Curve-se diante da natureza”. O Alexsandro não prestou a atenção devida e acabou dando uma bela cabeçada. Esse fato serve como reflexão, afinal, a destruição do meio ambiente já está gerando dores de cabeça para o mundo.
Atravessamos uma ponte pênsil de uns cinqüenta metros, sobre um açude de forma retangular. Lá do alto observamos uma tartaruga, muitas carpas-capim, gansos e um tateto que é uma espécie de porco do mato.
O espaço se esgotou e ainda não falamos sobre os macacos-prego. Nosso encontro com eles foi fantástico e por isso continuaremos na semana que vem...
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