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domingo, agosto 27, 2006

127. Trocando lixo por cultura

Jornal de Cocal: 2005

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Sempre há um líder num grupo, por mais fraco que ele seja. Não é difícil encontrar iniciativas quando objetivos e necessidades coexistem. Se houver um apoio experiente, as chances de atingir resultados satisfatórios, são elevadas. Porém, o que prevalece nas conquistas, é a determinação.
Tendo como meta realizar uma bela confraternização entre colegas que concluíam a oitava série, uma turma da periferia de Criciúma foi além da contribuição mensal, aprovada conjuntamente: resolveram vender papel para reciclagem. Uma das suas estratégias foi bater de porta em porta pedindo a colaboração dos demais estudantes da escola. Usando uma balança, emprestada pelo professor de Educação Física, pesavam os materiais recolhidos, imediatamente após o recebimento. O dinheiro arrecadado complementou o caixa.
Alguém comentou:
— É louvável essa idéia! Admiro essas crianças. Vão à luta , sozinhos. Sabem lucrar em prol da natureza.
No entanto, essa observação foi contestada por outra pessoa, que deu ouvidos aos comentários maldosos de quem tinha a intenção de denegrir a imagem do grupo por ciúmes ou ignorância nas conclusões:
— Acho bonito o que eles estão fazendo, porém, estão sendo desonestos molhando os papéis visando obter um aumento de peso. Disseram que na véspera da venda eles jogam água em cima das folhas e no dia seguinte elas parecem enrugadas e secas. No entanto, contém umidade suficiente para render mais.
O destino final do lixo não foi poluir o meio ambiente. Ele pode ser usado para ampliar a cultura, conhecer um pedaço da região.

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