Em nossa infância a tecnologia não estava fortemente presente em nossos passatempos que envolviam muito mais o contato humano, como as brincadeiras de roda, pular corda, esconde-esconde, casinha, boneca, entre tantas.
Dentro de casa, os primeiros recursos oferecidos pela tecnologia que tivemos foram a luz elétrica, o rádio e a geladeira. A televisão demorou para ser adquirida, pois não era considerada importante por nossos pais, que inclusive, apesar da autoridade, criticavam porque enquanto ficávamos vendo um filme, os serviços estavam por fazer. A aquisição de eletrodomésticos - como ferro de passar roupa, batedeira, liquidificador, fogão a gás - eram acompanhados de certos receio de que algo explodisse. Ainda hoje, nos falta a natural curiosidade e segurança para explorar os programas que são encontrados na televisão; para muitos basta saber ligar, desligar, aumentar o volume e trocar os canais, enquanto que ela pode ser programada fazer uma série de coisas.
A escola oferece carteira, quadro, caderno e alguns livros para motivação das aulas. Com o tempo começou-se a utilizar toca-fitas (hoje aparelho de CD) e vídeo, o que considerou-se um grande avanço em termos de renovação. Atualmente, sente-se que a Internet precisa estar disponível para que possamos garantir qualidade de ensino, e isso está longe das escolas públicas que apresentam outras carência de longa data.
Antigamente o professor tinha sua autoridade garantida e era respeitado pela habilitação e os conhecimentos que repassava. Ninguém criticava a metodologia usada, a forma de avaliação, os conteúdos evidenciados e as tarefas de casa. Hoje, nossos alunos dedicam pouco tempo ao estudo, freqüentemente não entregam trabalhos, copiam respostas prontas sem compromisso com a própria aprendizagem. Os divertimentos oferecidos – como festas, jogos, programas de televisão, praia – são muito mais atrativos que um livro, um curso e uma palestra.
O trabalho escolar tem nos feito refletir sobre os objetivos e os conteúdos que realmente são significativos. O baixo rendimento tem mostrado que a prática precisa ser priorizada. Algumas pesquisas provocaram a sensibilidade do professor, orientando-o para recuperar a auto-estima dos educandos. Essa busca constante pelo aperfeiçoamento profissional muitas vezes nos deixa preocupados, aflitos e inseguros. Nossas dificuldades pela falta de bases sólidas, as frenéticas mudanças tecnológicas se somam a excessiva carga de trabalho e a carência de recursos e espaços físicos no ambiente escolar.
A angústia pela qual passamos, agora, é a força que move para o caminho ideal. A tecnologia que está ao nosso alcance precisa ser aproveitada, enquanto, nós desenvolvemos a capacidade de criticar, selecionar e democratizar o conhecimento.
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