Jornal de Cocal: 3 de maio de 2006
O correio eletrônico possibilita rapidez, economia e facilidade para enviarmos mensagens às pessoas conhecidas e desconhecidas.
O correio eletrônico possibilita rapidez, economia e facilidade para enviarmos mensagens às pessoas conhecidas e desconhecidas.
É comum abrirmos nossa pasta de e-mails e encontrarmos piadas, recortes de notícias duvidosas, pedidos de ajuda para diversos casos de doenças graves e mensagens “em Power Point”.
Vamos pensar um pouco sobre as mensagens criadas num programa que permite juntar fotografias maravilhosas, textos que elevam os espíritos carentes de motivação e de palavras bonitas e músicas que tocam profundamente o coração que ainda é humano.
Quem não gosta de ver uma série de fotos das paisagens consideradas as mais lindas do Planeta Terra? Qual é o adulto que não se emociona com fotos de crianças sorrindo, brincando, dormindo? Dá pra resistir à beleza das flores representado o quanto podemos ver a vida através delas? Como não rir e sorrir com montagens organizadas com animais para dar um recado ao único deles capaz de compreendê-las? Como não refletir, por alguns segundos, sobre a necessidade de lutar pela paz, quando nos retratam a destruição e a miséria humana? A maioria dos “internautas” curte receber e enviar esse tipo de mensagem.
Lamentavelmente, estão acrescentando um “slaide” extra com um teor supersticioso ou ameaçador. Há quem obedeça por receio e quem ignore tranqüilamente, a “ordem” dada com sutileza.
Por exemplo, recebemos uma mensagem sobre a amizade e quando pensamos que lemos a frase conclusiva, verificamos que há uma observação: “Essa é uma rosa sagrada. Você DEVE enviá-la a pelo menos cinco pessoas dentro de uma hora após tê-la recebido.” A palavra em letras maiúsculas nos perturba um pouco.
O tema sexo sempre atrai a atenção. Verificamos quais os “benefícios do sexo” e após o décimo item vem o recado: “ A Deusa ou o Deus do Sexo te visitará em quatro dias depois que tenha recebido esta carta. Para que isso aconteça você precisa enviar essa mensagem antes de 96 horas a outras dez pessoas.”
Um texto brilhante com citações bíblicas, tendo ao fundo um pôr-do-sol, no faz relaxar e sentir a presença divina. De repente...: “Faça um pedido. Para que ele seja realizado, envie essa mensagem a sete pessoas. Não quebre essa corrente, por favor.” Por incrível que pareça, conseguem nos provocar uma sensação de que seremos culpados se os pedidos não forem concretizados, porque nos recusamos a dar continuidade a essa tolice.
Acho que devemos continuar enviando essas mensagens para conhecidos e desconhecidos. Mas, antes precisamos deletar o último “slaide”. Não precisamos manter uma corrente... nem ficar presos!
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