Jornal de Cocal: dia 22 de novembro de 2006
Já estamos na reta final de mais um ano letivo. Iniciamos a contagem regressiva!
Como se sentem os professores em relação a sua prática pedagógica? Que análises a Equipe Diretiva faz do seu próprio trabalho? Há mais pais tranqüilos ou temerosos em relação à aprovação dos seus filhos? Quantos alunos estão ansiosos com as notas que refletem parcialmente sua caminhada pelos conteúdos oferecidos para que cresçam integralmente? De todos os membros da comunidade escolar, quantos serão humildes, justos e verdadeiros ao fazerem uma auto-avaliação do papel que desempenharam no decorrer do ano?
Erros e acertos acompanharam professores, diretores, orientadores, pais e alunos. Que atire a primeira pedra quem nunca falhou! Que colha flores quem já acertou! Não há dúvidas de quem ninguém poderá arremessar uma pedra e de que todos estarão segurando um buquê. A diferença estará na quantidade de flores e nas cores do buquê que cada um poderá fazer no momento da colheita. Haverá flores murchas no meio das vigorosas e vice-versa. Alguns formarão um buquê com margaridas, azaléias, copos-de-leite, estrelinhas, lírios, e galhos de samambaias. Outros, sabem que em seu buquê haverá apenas rosas e um galhinho de avenca!
A escola é um jardim que floresce todo ano durante todas as estações. A terra boa que ela precisa para apresentar bons resultados é cultivada por diversas mãos. Há mãos que preparam, espalham e regam as sementes. Há mãos que retiram a erva daninha que irá sufocar algumas plantinhas. Há mãos que fazem o buraco do transplante da muda. Há mãos que arrancam a planta da terra e a esquecem num canto. Há mãos calejadas que não desistem do trabalho. Há mãos que apontam culpados. Há mãos que seguram com força. Há mãos sujas de terra e que por isso, estão limpas. Há mãos limpas que desconhecem a textura da vida. Há mãos que se escondem depois de dar o tapa. Há mãos que tocam pedindo desculpas. Há mãos que cruzam os dedos pedindo a interferência divina. Há mãos que fazem a escola acontecer.
A escola sofre porque é formada por seres humanos que desejam, amam, batalham, cansam, traem, adoecem, decepcionam-se, tem expectativas e sonhos. Nem todo sofrimento é ruim!
A escola vibra porque é formada por pessoas que fantasiam, pensam, descobrem, concretizam idéias, colaboram e buscam caminhos. Nem todas as vibrações são positivas!
A escola não pára porque o mundo precisa de um lugar onde as diferenças se encontrem, os calor humano se apresente, o conhecimento seja explorado, as dores tragam aprendizagem e as perguntam busquem respostas.
Certamente, as mãos mais bonitas estarão colhendo as flores mais belas dentro das melhores escolas. Precisamos acreditar ainda mais no potencial educador das instituições de ensino e portanto, na força transformadora existente em cada um dos seus membros.
Mais mãos, mais flores! Mais flores, mais qualidade! Mais qualidade, mais escolas melhores!
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