Sinto saudades das festas juninas
organizadas pelas escolas antigamente! A comunidade aguardava essa data cheia
de expectativas. A maioria dos festeiros preparava a vestimenta com esmero. O
dinheiro para comprar os quitutes era reservado com muita dificuldade. Os
alunos passavam pela tensão de fazer apresentações em público. Só se ouvia
as canções típicas e não tinha música eletrônica em nenhum momento!
Hoje, a E.E.F. Demétrio Bettiol é
uma das poucas escolas que conheço e que ainda preserva muito dessa tradição cultural.
As instituições de ensino estão optando por fazer apenas a festa junina
interna. E logo, logo, não haverá nem isso.
Nós, educadores, já reclamamos
muitas vezes do excessivo trabalho que dá organizar uma festa junina. Já
afirmamos que é hora de acabar com elas porque o lucro não compensa. Eu ouço
isso e fico um pouco triste porque vejo nelas um raro momento de reunir pais,
alunos, funcionários e as demais pessoas da comunidade. Cogitamos não trabalhar
como forma de protesto à falta de valorização que temos sofrido por parte do
poder público. Desistimos porque além de não acertar o alvo, poderíamos estar
dando “um tiro no próprio pé” ou descobrirmos que pessoas foram atingidas pelo
“fogo amigo”. Não podemos esperar que o poder público siga o exemplo das
empresas modelo em gestão, que já compreenderam que qualidade se faz também,
garantindo a satisfação dos seus funcionários.
Voltemos à festa... Os participantes
da festa puderam se divertir com atrações como, a pescaria, o bazer e o
“porquinho-da-índia”. Os professores de Educação Física, João Fabrício
Somariva, Marcos Medeiros Pereira e Alitéia dos Santos, organizaram as
apresentações de quadrilhas e dança country. A apresentação cultural
“Boi-de-mamão” foi organizada pelo professor de música, Rodrigo Cardoso. Particularmente,
fique encantada com a alegria proporcionada por essa brincadeira. Eu nunca
havia assistido uma apresentação completa. Quanta coisa interessante acontece
dentro da escola e não ficamos sabendo?
Pensei no trabalho silencioso dos educadores, nas atividades que
programam pensando em qualificar o ensino da sua disciplina, nas experiências
individuais e coletivas que proporcionam o crescimento intelectual e pessoal
das crianças, na persistência em acreditar na Educação e nos problemas que
todos os dias são solucionados ou que aguardam solução. Precisamos mostrar mais
as coisas boas que acontecem dentro da escola. Precisam dar ênfase aos
acontecimentos positivos.
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