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domingo, agosto 27, 2006

118. Dia do Professor!

Jornal de Cocal: 2005

Você sabe como surgiu a data em que comemoramos o Dia do Professor? Acredito que não. Afinal, poucos dentre nós, os maiores interessados, temos essa informação. Aproveitarei esse momento para apresentar a resposta dessa pergunta que acabei fazendo a mim própria somente depois de atuar uma dezena de anos no magistério.

No dia 15 de outubro de 1827, D. Pedro I baixou um decreto imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Esse decreto abordava questões sobre a descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. Por causa da importância desta lei, a data começou a ser comemorada - já na década de 30 - e, em 1963, virou data comemorativa através de um decreto.

O governo incentivou os estudantes brasileiros a “inventarem a sua homenagem”. Alguns receberam o recado e fizeram algo para agradecer. Outros, escreveram bilhetes amorosos, atendendo o próprio coração.

O Jornal Nacional está exibindo uma série de reportagens mostrando “avanços ocorridos em alguns países que decidiram priorizar a educação”. É interessante saber como medidas educacionais mudaram a Irlanda, a Espanha, o Chile. No entanto, penso que podiam ter aproveitado essa semana que antecede o dia do professor para falar, por exemplo, dos professores nota 10 – Vencedores do Prêmio Victor Civita de 2005. Esses educadores buscam valorizar a presença dos idosos na comunidade, resgatam antigas radionovelas e fotonovelas, discutem a transposição do Rio São Francisco, escrevem contos de assombração, têm como ideal ensinar a ler o mundo e acreditam na sua missão. Por que não falam das “formiguinhas brasileiras” que organizam campanhas de reciclagem, montam laboratórios de matemática, ensinam yoga, dão aulas de violão, preparam viagens de estudo, planejam mosaicos nos muros, promovem a participação em jogos escolares, exploram a linguagem dos adolescentes? Enfim, está na hora de dar valor as coisas boas do nosso país. Não precisamos lamentar o tempo todo!

Tomo a liberdade de concluir meu texto usando uma mensagem bem-humorada, de autor desconhecido, intitulada O professor está sempre errado!: “Quando...É jovem, não tem experiência. É velho, está superado.Não tem automóvel, é um coitado. Tem automóvel, chora de "barriga cheia". Fala em voz alta, vive gritando. Fala em tom normal, ninguém escuta. Não falta às aulas, é um "Caxias". Precisa faltar, é "turista". Conversa com outros professores, está "malhando" os alunos. Não conversa, é um desligado. Dá muita matéria, não tem dó dos alunos. Dá pouca matéria, não prepara os alunos. Brinca com a turma, é metido a engraçado. Não brinca com a turma, é um chato. Chama à atenção, é um grosso. Não chama à atenção, não sabe se impor. A prova é longa, não dá tempo. A prova é curta, tira as chances dos alunos. Escreve muito, não explica. Explica muito, o caderno não tem nada. Fala corretamente, ninguém entende. Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário. Exige, é rude. Elogia, é debochado. O aluno é reprovado, é perseguição. O aluno é aprovado, "deu mole". É, o professor está sempre errado mas,se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!”

Certamente continuaremos errando e acertando. E lutando, todos os dias, para que os acertos superem os erros. Merecemos parabéns por isso!

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